Deixemo-nos de rodeios... a verdade é que este será provavelmente o único post deste blog. Tenho pouco tempo, mesmo se o tivesse, aproveitá-lo-ia para escrever no "meu" blog, e, na verdade, não tenho coisas suficientes (nem de perto nem de longe) para dizer sobre o José Cid que justifiquem a criação e a manutenção regular de um blog.
Tenho contudo algumas coisas a dizer sobre ele...
Tenho a dizer, por exemplo, que me deixa aborrecido toda a excitação criada à volta do José Cid, porque ainda que tudo isto lhe dê atenção, ainda que seja ele próprio o principal beneficiado com toda esta mania de ouvir as musicas do Cid, a imagem que ficará dele, para a posteridade, com toda esta moda, todo este fenómeno kitsch, é uma imagem deturpada, que não faz juz ao homem (digo eu, que não o conheço) e principalmente, e de uma forma brutal e avassaladora, não faz juz ao artista.
Sim... é verdade... há quem fale de José Cid com alguma seriedade... quem não se ria sempre que o assunto é o José Cid.
E apesar de serem hoje lugares comuns algumas interjeições em defesa do José Cid, da qualidade das suas músicas populares, de como são bem feitas, de como entram no ouvido, de quão boas são as músicas festivaleiras do Cid, eu torno-o a dizer, volto a frisar em todos estes pontos e gostaria de o fazer em mais vastos tópicos ainda.
O José Cid merece tanto respeito, como artista, que nem todos os concertos no Maxime, nem todas as idas à televisão nem tão pouco todas as fotografias de discos de ouro a taparem partes íntimas seriam suficientes para se fazer ideia da dimensão do homem.
As suas músicas populares são as melhores, a estrutura pop das suas canções pop (passe a redundância) é a melhor (digo eu, que nem sou músico, mas atrevo-me), os seus refrões são os mais orelhudos, e é minha séria convicção que a música "Um grande, grande amor", se tem sido interpretada pelos Abba, seria um dos sucessos maiores dos suecos.
Depois há toda a sua obra passada, toda a obra à qual ninguém prestou atenção, a não ser o resto do mundo. São uma série de albuns, a solo, com os Quarteto 1111, frequentemente na companhia do Mike Seargeant, onde Cid mergulha num estilo de música que, usando uma expressão que pessoalmente nem aprecio muito, foi demasiado à frente para o seu tempo... um estilo de música tão à frente, que alguém lhe deu o nome de Rock Progressivo Sinfónico, estilo no qual José Cid foi pioneiro em Portugal, um dos pioneiros no Mundo, e no qual tem obra cantada em português que, a nível internacional, é considerada entre nomes como Pink Floyd ou Peter Hammill, dos Van Der Graaf Generator.
Em toda a máquina que os meios de comunicação social montaram no último ano e meio à volta de José Cid, não houve ainda espaço para a divulgação em Portugal desta fase da vida dele - facto sobre o qual o próprio Cid tem evidentes responsabilidades, seja porque falha no aproveitar da exposição de que beneficia agora para a divulgação das mais eruditas de todas as suas cantigas, seja porque simplesmente prefere (e não há mal nenhum nisso) continuar a ganhar o seu com charopadas de macacos a comerem bananas debaixo da cama e de mmulheres submissas a cozinharem favas e chouriço (mal sabe ele que também com chouriço as favas podem ser acompanhadas com o mais requintado dos vinhos)...
E tenho dito...
Tenho contudo algumas coisas a dizer sobre ele...
Tenho a dizer, por exemplo, que me deixa aborrecido toda a excitação criada à volta do José Cid, porque ainda que tudo isto lhe dê atenção, ainda que seja ele próprio o principal beneficiado com toda esta mania de ouvir as musicas do Cid, a imagem que ficará dele, para a posteridade, com toda esta moda, todo este fenómeno kitsch, é uma imagem deturpada, que não faz juz ao homem (digo eu, que não o conheço) e principalmente, e de uma forma brutal e avassaladora, não faz juz ao artista.
Sim... é verdade... há quem fale de José Cid com alguma seriedade... quem não se ria sempre que o assunto é o José Cid.
E apesar de serem hoje lugares comuns algumas interjeições em defesa do José Cid, da qualidade das suas músicas populares, de como são bem feitas, de como entram no ouvido, de quão boas são as músicas festivaleiras do Cid, eu torno-o a dizer, volto a frisar em todos estes pontos e gostaria de o fazer em mais vastos tópicos ainda.
O José Cid merece tanto respeito, como artista, que nem todos os concertos no Maxime, nem todas as idas à televisão nem tão pouco todas as fotografias de discos de ouro a taparem partes íntimas seriam suficientes para se fazer ideia da dimensão do homem.
As suas músicas populares são as melhores, a estrutura pop das suas canções pop (passe a redundância) é a melhor (digo eu, que nem sou músico, mas atrevo-me), os seus refrões são os mais orelhudos, e é minha séria convicção que a música "Um grande, grande amor", se tem sido interpretada pelos Abba, seria um dos sucessos maiores dos suecos.
Depois há toda a sua obra passada, toda a obra à qual ninguém prestou atenção, a não ser o resto do mundo. São uma série de albuns, a solo, com os Quarteto 1111, frequentemente na companhia do Mike Seargeant, onde Cid mergulha num estilo de música que, usando uma expressão que pessoalmente nem aprecio muito, foi demasiado à frente para o seu tempo... um estilo de música tão à frente, que alguém lhe deu o nome de Rock Progressivo Sinfónico, estilo no qual José Cid foi pioneiro em Portugal, um dos pioneiros no Mundo, e no qual tem obra cantada em português que, a nível internacional, é considerada entre nomes como Pink Floyd ou Peter Hammill, dos Van Der Graaf Generator.
Em toda a máquina que os meios de comunicação social montaram no último ano e meio à volta de José Cid, não houve ainda espaço para a divulgação em Portugal desta fase da vida dele - facto sobre o qual o próprio Cid tem evidentes responsabilidades, seja porque falha no aproveitar da exposição de que beneficia agora para a divulgação das mais eruditas de todas as suas cantigas, seja porque simplesmente prefere (e não há mal nenhum nisso) continuar a ganhar o seu com charopadas de macacos a comerem bananas debaixo da cama e de mmulheres submissas a cozinharem favas e chouriço (mal sabe ele que também com chouriço as favas podem ser acompanhadas com o mais requintado dos vinhos)...
E tenho dito...